terça-feira, 8 de setembro de 2009

The Sims

Há um jogo para computador ( também para algumas consoles de video game ) muito legal - eu particularmente gosto bastante - chamado SimCity, onde o jogador assume o papel de prefeito de uma cidade e a comanda sob regras e situações reais que podem surgir em uma cidade de verdade. Galera, é diversão garantida!!! A gente pode construir viadutos, demolir estrutura, criar lagoas e rios, investir em aeroportos, destruí-los...enfim...tudo o que é técnicamente viável nós podemos fazer em SimCity. O barato do jogo é que isso traz consequências, boas e más: se você corta a verba do lixo eles vão se amontando pela cidade e a população vai - à beira de um ataque de nervos - às portas da prefeitura exigir melhores condições. Se o suposto prefeito proíbe a circulação de fretados e obriga que sua população utilize o transporte público, e se concomitante a isso o transporte público não corresponde às expectativas dos usuários, isso vai com certeza trazer consequências para o trânsito da cidade e pior, em uma próxima eleição você ( brincando de ser prefeito ) não será reeleito. Em um jogo, dentro do seu computador, quando começa a dar tudo errado, o que você faz? Zera a cidade e começa outra novinha em folha!!! E tudo recomeça como se nada tivesse acontecido....

Em São Paulo, a maior cidade da América Latina, com uma população flutuante de mais de 15 milhões de pessoas, com uma frota veicular que já supera os 6 milhões de automóveis e com um PIB de 30 Bilhões de reais, as coisas não são tão simples assim. Brincar de ser prefeito em São Paulo não funciona. Não é possível varrer a cidade e começá-la do zero. Fazer testes com a paciência das pessoas traz consequências à cidade e transtornos às vidas de todos nós. Ora bloqueia os fretados, ora libera, corta verbas, depois libera, proíbe anúncios, depois libera, nos deixa com uma estranha sensação de que nada somos além de Sims ( os habitantes das cidades do SimCity ) e que mais cedo ou mais tarde seremos varridos de São Paulo, simplesmente porque a brincadeira não deu certo...